sábado, 25 de março de 2017

Conheçam a Banda Scalene

Por Diego Neves

Todos devemos concordar que o rock nacional não é mais o mesmo do que era nos anos 80/90, porém não quer dizer que não esteja saindo mais coisas boas ainda de estúdios, juntamente com as formações de bandas novas. Um grande exemplo disso é o álbum “Éter”, lançado em 2015 pela banda Scalene, banda formada em 2009. O disco contém sonoridade e temática que trazem uma sensação de busca pela transcendência e evolução pessoal.


A faixa que abre o álbum, é a “Sublimação”. Essa música resumi muito bem o resto do disco, com várias mensagens ligadas a autonomia e um novo recomeço pessoal.




 “Histeria”, traz a relação do homem com o vício, seja lá qual for ele. Os lados bons e ruins que esse vício possa lhe trazer, e que você terá que abraça-lo para vencê-lo.



“Náufrago”, tem a mesma ideia que essa postagem. Fala sobre a situação atual do rock nacional, que não devemos desistir, e sim todos se juntarem e deixar tudo fluir naturalmente nesse novo tempo que vivemos. E é até considerada um hino em shows





“Loucure-se”, traz de volta a ideia de autonomia. A letra fala sobre você abraçar quem você é de verdade, e você se sentir confortável com você mesmo, e tudo isso será importante para surgir o livre arbítrio em si.




O fim do álbum não poderia ter sido melhor. “Legado” traz umas das melodias mais linda já vista em minha vida. Como o nome já diz, a música fala sobre qual será nosso legado deixado na terra depois de partirmos, o que iremos deixar pra os outros seres, e como iremos atrás disso.



Espero que gostem.

terça-feira, 14 de março de 2017

Erasmo Carlos - Sexo

Por Alex Felipe

Essa semana decidi de última hora falar sobre um disco do eterno roqueiro Erasmo Carlos. O disco escolhido foi o ‘Sexo’ de 2011, que seguindo a pegada de seu antecessor, Rock n’roll de 2009, porém com mais baladas, traz ótimas canções do puro e genuíno rock n’roll.

Acostumado a cantar o amor, nesse disco, o Tremendão vai além, com versos diretos e de pura poesia, quando o assunto é o sexo. ‘Kamasutra’, parceria com Arnaldo Antunes, traz uma letra clara, onde cita toda uma relação sexual, baseada no famoso livro indiano.

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Em ‘Roupa Suja’, mais uma parceria com o ex-Titãs, Erasmo canta de forma direta: “E de mim, quer o quê? Ser feliz, ter prazer? Quer gozar, quer sofrer? Me amar, me foder?”

De forma romântica, o disco nos apresenta ‘Apaixocólico Anônimo’, uma linda canção de amor, que narra de forma poética o prazer pelo sexo oral. Acompanhado de guitarras leves e um piano dando um tom suave, o velho roqueiro embala os versos: “Jamais esqueci o gosto e o que provocou em mim; Parecia que eu bebia tudo que você sentia; Vi fogos de artifício como o céu de um vício; Me tentando, me levando...”

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“Seu irmão, seu patrão, seu bebê, sou seu homem mulher”, verso da parceria do Tremendão com Adriana Calcanhotto, ‘Seu Homem Mulher’, mostra que assim como em 1981, o homem continua dependente e carente da força da mulher. A música ainda conta com a participação de Roberto Frejat nas guitarras.

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Na sequência, ‘Santas Mulheres Santas’, é um culto, uma adoração, a imagem da mulher. Uma ótima balada com uma bela instrumentalização da Filhos da Judith, banda de apoio que há alguns anos já acompanha o velho roqueiro.

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‘Vênus e Marte’, parceria com Nelson Motta, lembra muito a fase setentista do cantor, com versos inspiradores, da maior escala do romantismo: “Era pra ser mais um beijo, um capricho, um desejo, uma nova ilusão; Era pra ser mais um round, mas eu fui ao chão”. No álbum, Nelson Motta ainda assina ‘E Nem me Disse Adeus’.

O rock continua em boa pegada quando chega ‘O Rosto do Rei’ (Erasmo e Liminha) e a ótima ‘Sexo e Humor’, relembrando os velhos rock’s dos anos 50.

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O disco encerra com a ótima - quiçá a melhor do disco - ‘Sexo é Vida’. “Obrigado mãe, obrigado pai; O gozo do sexo de vocês, de mim não sai; Se foi com amor foi melhor ainda; Trouxe o sentimento pra emoção da minha vinda”. Destaque ainda para a bela arte de capa e pela produção sempre impecável do velho Liminha. Diferente de seu parceiro de outrora, o gigante gentil, Erasmo Carlos, é o mesmo rock n’roll de antes!

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Espero que gostem da matéria! 

segunda-feira, 13 de março de 2017

Jam Session

O termo Jam Session em outras palavras significa tocar sem saber o que vem à frente, de improvisação, algo bem comum entre músicos de vários estilos


Confira a JAM proporcionada pelo amigo Júnior Ferreira



Vamos conhecer um pouco sobre os participantes na ordem do vídeo

O primeiro participante é o Guiliano Ghisi

começou a tocar guitarra em 1988 influenciado pelo Jimi Hendrix em seguinte conheceu outros nomes de música tais como: Jimmy Page, David Gilmour, Bireli Lagrene entre outros

Ghisi enfrentou dificuldades como o pouco acesso a matérias de estudo, bons instrumentos, industria musical incipiente sem falar da internet que nem existia na época

O músico tem composições de sua autoria, mais adora improvisar e fazer versão de músicas conhecidas

Sobre a Jam

"Foi muito legal participar, principalmente estando tão distante geograficamente.  Eu conheço todos apenas virtualmente" 


Equipamentos usados no vídeo

Suhr S1 com pickups Aldrich
Hermida Zen Drive

Plugin Scuffham S-GEAR, simulando Mesa Boogie

O segundo participante é o Ricardo Leão 

Ricardo iniciou sua trajetória musical com o violão com 12 anos de idade isso em 1989, toca guitarra há 4 anos

Tocando na noite as principais referencias do Ricardo são: Djavan, Chico Buarque, Milton Nascimento, Ivan Lins e alguns artistas internacionais tais como: Eric Clapton, Beatles na onda do Blues no qual o mesmo vem estudando com frequência seus heróis são: Robben Ford e Josh Smith

Passando algumas dificuldades no inicio o músico autodidata passava horas e horas tirando algumas harmonias de ouvido o que ajudou e muito na formação musical do mesmo, além de enfrentar preconceitos quando vivia da música, o que é bem comum no nosso meio, já que algumas pessoas não vêem música como profissão

Sobre a Jam

"Já conhecia o Giuliano de vídeos no facebook. Já havia participado de outra jam virtual com o Junior e tambem conhecia seus videos pela internet"

Equipamentos usados no vídeo

Guitarra: Music Maker TLS
Amp: T Miranda Classic Deluxe Reverb
Pedais: Mad Professor Simble e Strymon Flint

Terceiro participante da Jam Júnior Ferreira

Por volta dos 15 anos Júnior começou a tocar violão, influenciado pelo Mark Knopfler ( Dire Straits ) o músico ficou encantado ao ouvir a música Money For Nothing, tempos depois ouve um guitarrista chamado Slash e a sua banda na época o Guns N' Roses o álbum era Use Your Illusion depois surgiram nomes como Clapton, Joe Bonamassa, Jeff Beck entre outros

Com a falta de informação o músico não tinha acesso a matérias de estudo e bons instrumentos, o que é bem diferente nos dias de hoje.

Júnior não vive da música, sua renda não depende da mesma, mais isso nunca o impediu de tentar aprender mais e obter bons instrumentos.

O músico tem músicas autorais e está trabalhando em algumas canções na promessa de lançar material inédito na internet o mesmo também adora improvisar em outras músicas o que segundo ele, abre a mente para compor.

Sobre a Jam

"Sempre fui fã dos videos do Giuliano e do Ricardo, você (Paulo) eu conheci através do nosso amigo Raniere já é a segunda JAM..hehe" 

Equipamentos usados no vídeo

Gibson Tribute 60s ( Gibson Mini Humbucker Pickups )
Pedais: Boss BD-2 + Black Horse ( king Pedals ) + MXR Carbon Copy
Amp: Laney Cub 12r

Shure sm57/PreSonus Audio Box USB/ DAW Reaper

O último participante é o Paulo Roberto

Bom, falar de mim mesmo é bronca (Risos) mais caso algum se interesse tem meu perfil aqui no Blog.

Sobre a Jam,

"Foi uma honra participar com vocês, conhecer vocês, me sinto lisonjeado em dividir esse espaço com vocês, não conhecia o Guiliano e o Ricardo, esse é o bom da música, fazer novos amigos, dividir experiencias e aprendizado"

Equipamentos usados no vídeo

Guitarra - Fender American Special Stratocaster HSS
Pedaleira - POD HD 500 Line6

Espero que gostem da matéria e vamos que vamos!

quinta-feira, 2 de março de 2017

Encerre seu carnaval com esse ‘Carnaval’ de puro Rock n’ Roll

Por Alex Felpe 

Fevereiro, mês do carnaval, pra muitos, mês de curtir samba e axé. Mas Carnaval também pode ser rock n’roll, e em 1988, o Barão Vermelho lançava o disco ‘Carnaval’, aquele que pra mim, é o melhor da banda.
O grupo mantinha a pegada Hard Rock e Blues de outros tempos, mas agora usando um pouco mais de distorção nas guitarras de Roberto Frejat e Fernando Magalhães.


‘Pense e Dance’, tema de novela na rede globo, tornou-se um grande sucesso da banda. A música trás excelentes riffs e solos de guitarra. Na letra, o grupo ainda faz referência citando uma frase do roqueiro Lobão: “Saudações a quem tem coragem”.


Confira.


A terceira faixa, ‘Não me Acabo’, é uma composição dos ex-Titãs Arnaldo Antunes e Paulo Miklos. Pra mim, é a melhor musica do disco, ótimo riff, bateria bem trabalhada por Guto Goffi e uma letra de puro rock n’roll, onde no refrão tem os versos: “Eu cuido da minha saúde; Eu sempre tive virtudes; Eu não vou me destruir; Mas também não deixo de me divertir”.


Certa vez, um professor e amigo (Mario Junior) me disse que Guto Goffi é um dos maiores compositores do rock nacional. Um bom exemplo está na faixa ‘Nunca Existiu Pecado’, em parceria com Frejat: “Por mais liberdade que eu anseie; Esbarro em repressões fascistas; Mas to a margem disso tudo; Desse mundo escuro e sujo; Não tenho medo de amar; Pra mim nunca existiu pecado”

Confira


O rockão ‘Quem Me Escuta’ é uma pedrada sonora de bom rock n’roll, pra alegrar qualquer manhã de folga. Em seguida, a forte e pesada ‘Selvagem’: “Eu tenho a fome dos lobos; A sede dos bandidos”.

confira


A faixa título, ‘Carnaval’, uma das minhas favoritas, trás os versos: “Vem bailar comigo; Vem me abocanhar; Sua saia preta eu posso estraçalhar”. Nesse disco, não posso esquecer-me de mencionar também, o ótimo trabalho de percussão do percussionista Peninha, que perdemos em setembro de 2016.

O disco ainda trás parcerias com o seu ex-vocalista Cazuza em ‘Rock da Descerebração’, Arnaldo Antunes em Lente e Humberto Gessinger em O Que Você Faz a Noite.

Matéria escrita por Alex Felipe